Quem precisa de ordem?
“Quem precisa de ordem pra moldar
Quem precisa de ordem pra pintar
Quem precisa de ordem pra esculpir
Quem precisa de ordem pra narrar
Quem precisa de ordem?”.
Esse é o refrão de uma música do Mundo Livre S/A, banda pernambucana muito boa que traz à tona o futuro esperado por muita gente:um mundo livre.Já começamos de alguma forma a deixar algumas coisas livres.
O copyleft, que faz um trocadilho com o Copyright - direitos reservados, é uma forma de disponibilizar às pessoas, a possibilidade de interagir com uma obra artística, podendo contribuir, modificá-la e melhorá-la de uma forma seqüencial. Desta maneira, a obra acaba ficando cada vez mais completa desde que citada a fonte. Assim, é como se a informação fosse de todo mundo.
Esse modelo de compartilhamento de obras artísticas vem para contrapor a propriedade intelectual, onde através do Copyright, os artistas restringem o uso de suas obras, de maneira que se as pessoas quiserem usá-la, por exemplo, como no caso de um filme para o expor em ambiente aberto, não pode fazê-lo a menos que o autor do filme dê esta liberação. Com o copyleft, este tipo de problema não existe, ou seja, a arte vai chegar sem restrição às pessoas interessadas na sua difusão.
O copyleft pode ser entendido de duas formas, como completo e parcial: o copyleft completo é aquele em que todas as partes de um trabalho, menos a licença em si, podem ser modificadas por autores seguintes enquanto copyleft parcial de alguma forma não impõe todos os princípios do copyleft. Por exemplo, na criação artística, às vezes o copyleft completo não é possível ou desejado - um livro não poderia ter seu conteúdo modificado por outros autores, somente distribuído livremente, por exemplo.Não é o caso por exemplo do projeto Luther Blisset em que desde ações anticapitalistas até “best-sellers” como o livro Q, o caçador de hereges que muitos atribuíram, erroneamente ao escritor Umberto Ecco, pode ser total ou parcialmente reproduzido e livremente difundido.
Porque o Copyleft? Ora, os grandes interessados no direito da propriedade são as editoras, gravadoras, produtoras, que tem no trabalho dos artistas a fonte de suas rendas. Assim, ao invés de as pessoas compartilharem o conhecimento, de forma a disponibilizar a obra para quem nela estiver interessado, torna-se necessário a compra da mesma, isto é, mais dinheiro nos cofres.Além do mais, é sabido que nenhuma obra é cem por cento original, visto que aquele que fez, vive num mundo construído historicamente por gerações passadas e todo o conhecimento que despendeu para construir uma obra, foi criado pela humanidade.
Utilizando deste recurso, os artistas podem inovar e acabar com a ditadura da arte. Podem enfim, dar ao público, o que lhes é de direito. A liberdade para usufruir da arte não pode mais nos ser limitada. As corporações não podem continuar com o controle da informação, escolhendo assim o que nós vamos ler, ouvir, assistir e sobretudo, a partir ái, pensar. Então, por que não escancarar os direitos em prol da humanidade. Ou não é para isso que todos querem informar?
Wagner Pereira
“Quem precisa de ordem pra moldar
Quem precisa de ordem pra pintar
Quem precisa de ordem pra esculpir
Quem precisa de ordem pra narrar
Quem precisa de ordem?”.
Esse é o refrão de uma música do Mundo Livre S/A, banda pernambucana muito boa que traz à tona o futuro esperado por muita gente:um mundo livre.Já começamos de alguma forma a deixar algumas coisas livres.
O copyleft, que faz um trocadilho com o Copyright - direitos reservados, é uma forma de disponibilizar às pessoas, a possibilidade de interagir com uma obra artística, podendo contribuir, modificá-la e melhorá-la de uma forma seqüencial. Desta maneira, a obra acaba ficando cada vez mais completa desde que citada a fonte. Assim, é como se a informação fosse de todo mundo.
Esse modelo de compartilhamento de obras artísticas vem para contrapor a propriedade intelectual, onde através do Copyright, os artistas restringem o uso de suas obras, de maneira que se as pessoas quiserem usá-la, por exemplo, como no caso de um filme para o expor em ambiente aberto, não pode fazê-lo a menos que o autor do filme dê esta liberação. Com o copyleft, este tipo de problema não existe, ou seja, a arte vai chegar sem restrição às pessoas interessadas na sua difusão.
O copyleft pode ser entendido de duas formas, como completo e parcial: o copyleft completo é aquele em que todas as partes de um trabalho, menos a licença em si, podem ser modificadas por autores seguintes enquanto copyleft parcial de alguma forma não impõe todos os princípios do copyleft. Por exemplo, na criação artística, às vezes o copyleft completo não é possível ou desejado - um livro não poderia ter seu conteúdo modificado por outros autores, somente distribuído livremente, por exemplo.Não é o caso por exemplo do projeto Luther Blisset em que desde ações anticapitalistas até “best-sellers” como o livro Q, o caçador de hereges que muitos atribuíram, erroneamente ao escritor Umberto Ecco, pode ser total ou parcialmente reproduzido e livremente difundido.
Porque o Copyleft? Ora, os grandes interessados no direito da propriedade são as editoras, gravadoras, produtoras, que tem no trabalho dos artistas a fonte de suas rendas. Assim, ao invés de as pessoas compartilharem o conhecimento, de forma a disponibilizar a obra para quem nela estiver interessado, torna-se necessário a compra da mesma, isto é, mais dinheiro nos cofres.Além do mais, é sabido que nenhuma obra é cem por cento original, visto que aquele que fez, vive num mundo construído historicamente por gerações passadas e todo o conhecimento que despendeu para construir uma obra, foi criado pela humanidade.
Utilizando deste recurso, os artistas podem inovar e acabar com a ditadura da arte. Podem enfim, dar ao público, o que lhes é de direito. A liberdade para usufruir da arte não pode mais nos ser limitada. As corporações não podem continuar com o controle da informação, escolhendo assim o que nós vamos ler, ouvir, assistir e sobretudo, a partir ái, pensar. Então, por que não escancarar os direitos em prol da humanidade. Ou não é para isso que todos querem informar?
Wagner Pereira
Um comentário:
:: Wagner, realmente, tratar deste assunto exige fôlego, pois há uma tendência de se ver estes movimentos como ligados a oportunistas, mas seu texto mostra o nível de ruptura sugerida por esta vertente.
Tenoa a acreditar que essa total liberação seja impossível, a não ser ao arrepio da lei.
Um problema sério é o de que a cultura ainda valoriza o indivíduo às vezes em detrimento do coletivo.
@_@"
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