domingo, 8 de junho de 2008
C&A é barrada em mídia que pode tudo
Na última semana a rede de lojas C&A precisou tirar de circulação a campanha publicitária do Dia dos Namorados, que incluía comerciais e encartes de divulgação. Isso porque o Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária e órgãos de defesa do consumidor consideraram o material, intitulado de “Papai-Mamãe Não!!!”, abusivos e eróticos.
Segundo a Folha Online, o Conar abriu processo contra a marca com base em denúncias de consumidores. Em nota à reportagem, a C&A informou que retirou a campanha do ar em razão da repercussão que vinha causando. Já a agência publicitária responsável pelo material, a DM9DDB negou que a campanha fosse ofensiva.
A mídia, em suas mais variadas formas, rompeu muitas barreiras, mas vale lembrar que ainda existem limites. O problema está no controle das informações veiculadas. As telenovelas, por exemplo, usam de cenas de sexo o tempo todo, como apelo para atrair audiência, sendo seu conteúdo controlado apenas pela “faixa etária”, indicada ao início de cada capítulo. Como, então, controlar o abuso nas campanhas publicitárias? Se as novelas podem apelar, porque não poderiam as empresas?
Não está em julgamento aqui a qualidade da campanha, ou seu teor apelativo, mas sim o controle da mídia quanto ao bombardeio de informações, cenas, propagandas apelativas que diariamente o consumidor recebe. O que será feito está nas mãos do Procon, que elaborou um auto de infração contra as lojas, que terão dez dias para se defender. Ao final do processo, a C&A pode receber multa de R$ 500 mil a R$ 5 milhões.
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