quarta-feira, 4 de junho de 2008

O futuro das redações está na integração

Redação Integrada da Daily Telegraph






Com a digitalização da informação no final dos anos 80, surgiram as primeiras discussões envolvendo a integração de equipes em um mesmo grupo de comunicação.
Exemplo disso foi uma pesquisa britânica realizada pela Newsroom Barometer, na qual 86% dos entrevistados concordaram que redações multimídias vão se tornar comuns em breve.

Em setembro de 2006, o diário britânico Daily Telegraph lançou sua redação multimídia, mostrando que a mídia britânica está interessada em integrar suas equipes. A estratégia adotada foi uma combinação de mudança cultural da equipe editorial por meio de treinamentos e mudança física da redação para uma arquitetura que privilegia a integração no mesmo espaço e no mesmo fluxo de trabalho.

Prova disso, é que Jornalistas da BBC World News e responsáveis pelos textos do site da BBC News, passaram a integrar operações de notícias online. A primeira, que trata de notícias internacionais, se juntou à equipe de televisão da BBC World News. Já a segunda, a operação do Reino Unido, produzirá boletins para rádio e TV.

No Brasil, as idéia de integrar as redações ainda não são muito discutidas, mas em um artigo o jornalista, André Rosa, destaca que a ampliação do uso das redações integradas se baseiam em reuniões e treinamento com foco no fortalecimento do ambiente, onde profissionais são convidados a trabalhar tanto on-line quanto offline, sem sobrecargas, cortes ou decretos vindos de cima para baixo.

A integração operacional multimídia é irreversível e é um processo extremamente dependente da cultura de cada empresa e geralmente depende de vários processos.
Agora o grande desafio das redações é planejar a integração com a colaboração do público, conquistar o usuário para que ele tenha motivação em participar.



Um comentário:

webjorsuperacao disse...

::Fabiane, é curioso observar como essa integração das redações surgiu tão depois do processo de globalização. Otimizar ações e equalizar ações, idéias e resultados deve ser o ideal de todo empresário, e se funciona em uma fábrica, porque não no jornalismo.
Ocorre que de certa forma isso deve esbarrar na legislação CLT, pois em uma emissora como a Band, por exemplo passou a criar uma sinergia na qual a produção do rádio poderia ir para TV e vices versa. Ora, como alguém que se emprega para atuar para uma mídia de repende está produzindo para outro veículo!?
Mas sem dúvida, se a empresa é um conglomerado, efetivamente o funcionário atua para o grupo e não para uma única mídia.
O jeito é acompanhar o modelo brasileiro.
@_@"
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