Um novo olhar as inovações tecnológicas
A cultura das mídias não se confunde nem com a cultura de massas, de um lado, nem com a cultura virtual ou cibercultura de outro. É, porém, uma cultura intermediária, situada entre ambas. A cultura virtual não brotou diretamente da cultura de massas, mas foi sendo semeada por processos de produção, distribuição e consumo comunicacionais denominada “Cultura das Mídias”.
Maria Lucia Santaella Braga, pesquisadora e professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, com doutoramento em Teoria Literária na PUCSP, em seu artigo intitulado “Da cultura das mídias à cibercultura: o
advento do pós-humano”, trata da questão do desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação e sua implicação em todas as esferas da sociedade, explica ainda, que “embora sejam responsáveis pelo crescimento e multiplicação dos códigos e linguagens, meios continuam sendo meios. Deixar de ver isso e, ainda por cima, considerar que as mediações sociais vêm das mídias em si é incorrer em uma ingenuida, pois a mediação primeira não vem das mídias, mas dos signos, linguagem e pensamento, que elas veiculam.”
E evidente que as inovações tecnológicas ajudaram, e muito, a difusão da informação e a acessibilidade que o leitor comum tem em encontrar informações imediatas podendo descartar aquilo que não é de seu interesse. E que também houve uma revolução no jornalismo e que é essencial para o mundo acadêmico a familiarização com essas novas ferramentas da internet que interagem e facilita a vida do usuário.
Mas será que as faculdades de comunicação estão preparadas para instruírem seus alunos ao setor online? Um estudo da Edelman, feito em 2007, mostra os principais resultados da discussão feita em Nova York entre acadêmicos, marketeiros, jornalistas, blogueiros e profissionais de relações públicas sobre os rumos do ensino superior na área de comunicação. Especialistas da área se reuniram para debater o impacto das novas mídias.
No painel "Capacitando a geração digital" os debatedores chegaram à conclusão de que os professores devem falar sobre ética e responsabilidade na internet nas aulas, já que eles terão que enfrentar um mercado que lida com novas mídias a todo o momento e serão ou são possíveis jornalistas cidadãos.
Como o assunto é polêmico a aqueles que discordam da aplicação desse tipo de conteúdo. É o caso de Andrew Keen que foi um dos pioneiros da internet na Califórnia dos anos 90 e hoje tornou-se um dos críticos mais voraz de um fenômeno conhecido como web 2.0. Em seu livro The Cult of the Amateur (O Culto ao Amador), ele diz que a web 2.0 nivela por baixo a produção, piora a qualidade da informação e ameaça a cultura.
Maria Alzira Brum Lemos, doutora em comunicação, pesquisadora e jornalista, João Baptista Winck, doutor em mídias audiovisuais e Hernani Dimantas, pesquisador da cibercultura, em matéria divulgada no site Observatório da Imprensa são defensores das inovações tecnológicas, acreditam que a internet, ao possibilitar o acesso à troca e à divulgação de idéias, permite ou facilita, mais que a expressão, a organização de diversos setores em torno de interesses, reivindicações e ações políticas.
A direção do movimento não está centralizada em partidos, sindicatos e organizações tradicionais. Dessa forma grupos de cidadãos se organizam livremente, ganham adeptos e difundem mensagens pela rede. “Esse dado é importantíssimo. Pela primeira vez na história ocorre um processo de gestão descentralizada de um movimento político de caráter mundial”. Ressalta os especialistas na matéria.
O grupo destaca ainda, que há muito a ser discutido sobre esse tema, que envolvem fenômenos recentes, sobretudo no que diz respeito à relação da cibercultura com as culturas tradicionais e com as culturas do mercado, de massa e das instituições, das quais dependem, em boa parte, as políticas de gestão e organização das sociedades.
Essa inovação no jornalismo por meio do advento de tecnologias cada vez sofisticadas e a apropriação desses meios pela sociedade permitiu a interlocução e criação de novas linguagens, além da individualização do consumo cultural. Esses são alguns reflexos da era da cultura digital.
Maria Lucia Santaella Braga, pesquisadora e professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, com doutoramento em Teoria Literária na PUCSP, em seu artigo intitulado “Da cultura das mídias à cibercultura: o
advento do pós-humano”, trata da questão do desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação e sua implicação em todas as esferas da sociedade, explica ainda, que “embora sejam responsáveis pelo crescimento e multiplicação dos códigos e linguagens, meios continuam sendo meios. Deixar de ver isso e, ainda por cima, considerar que as mediações sociais vêm das mídias em si é incorrer em uma ingenuida, pois a mediação primeira não vem das mídias, mas dos signos, linguagem e pensamento, que elas veiculam.”
E evidente que as inovações tecnológicas ajudaram, e muito, a difusão da informação e a acessibilidade que o leitor comum tem em encontrar informações imediatas podendo descartar aquilo que não é de seu interesse. E que também houve uma revolução no jornalismo e que é essencial para o mundo acadêmico a familiarização com essas novas ferramentas da internet que interagem e facilita a vida do usuário.
Mas será que as faculdades de comunicação estão preparadas para instruírem seus alunos ao setor online? Um estudo da Edelman, feito em 2007, mostra os principais resultados da discussão feita em Nova York entre acadêmicos, marketeiros, jornalistas, blogueiros e profissionais de relações públicas sobre os rumos do ensino superior na área de comunicação. Especialistas da área se reuniram para debater o impacto das novas mídias.
No painel "Capacitando a geração digital" os debatedores chegaram à conclusão de que os professores devem falar sobre ética e responsabilidade na internet nas aulas, já que eles terão que enfrentar um mercado que lida com novas mídias a todo o momento e serão ou são possíveis jornalistas cidadãos.
Como o assunto é polêmico a aqueles que discordam da aplicação desse tipo de conteúdo. É o caso de Andrew Keen que foi um dos pioneiros da internet na Califórnia dos anos 90 e hoje tornou-se um dos críticos mais voraz de um fenômeno conhecido como web 2.0. Em seu livro The Cult of the Amateur (O Culto ao Amador), ele diz que a web 2.0 nivela por baixo a produção, piora a qualidade da informação e ameaça a cultura.
Maria Alzira Brum Lemos, doutora em comunicação, pesquisadora e jornalista, João Baptista Winck, doutor em mídias audiovisuais e Hernani Dimantas, pesquisador da cibercultura, em matéria divulgada no site Observatório da Imprensa são defensores das inovações tecnológicas, acreditam que a internet, ao possibilitar o acesso à troca e à divulgação de idéias, permite ou facilita, mais que a expressão, a organização de diversos setores em torno de interesses, reivindicações e ações políticas.
A direção do movimento não está centralizada em partidos, sindicatos e organizações tradicionais. Dessa forma grupos de cidadãos se organizam livremente, ganham adeptos e difundem mensagens pela rede. “Esse dado é importantíssimo. Pela primeira vez na história ocorre um processo de gestão descentralizada de um movimento político de caráter mundial”. Ressalta os especialistas na matéria.
O grupo destaca ainda, que há muito a ser discutido sobre esse tema, que envolvem fenômenos recentes, sobretudo no que diz respeito à relação da cibercultura com as culturas tradicionais e com as culturas do mercado, de massa e das instituições, das quais dependem, em boa parte, as políticas de gestão e organização das sociedades.
Essa inovação no jornalismo por meio do advento de tecnologias cada vez sofisticadas e a apropriação desses meios pela sociedade permitiu a interlocução e criação de novas linguagens, além da individualização do consumo cultural. Esses são alguns reflexos da era da cultura digital.
Um comentário:
::Aline, muito boa sua reflexão, notadamente utilizando autores e sitios interessantes.
A Santaella é providencial ao dizer que o mundo virtual é convergente. Por isso é desafiante. Quem sobreviver neste cenário serão vistos de outro modo.
Mas diga-me: como vamos achar seu texto se não há marcadores em sua postagem!?
@_@"
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