"Cada cidadão é um jornalista", o lema do jornalismo "Open Source"
Sobre o termo “Open Source”: tentativa de caracterizar a produção e publicação de notícias de modo colaborativo. Detalhe: dá-se o nome de Jornalismo a uma prática aberta a qualquer pessoa. A partir desse pressuposto “peer-to-peer” - partilha de recursos e serviços por intermédio de troca direta entre sistemas –, inicia-se uma alteração fundamental no jornalismo como é entendido e praticado. E uma polêmica.
É isso mesmo! Um jornal feito por e com a livre colaboração! Um exemplo de jornalismo Open Source é o "OhmyNews", que nasceu na Coréia do Sul, e a experiência já conta com 5 anos. A idéia básica é: todo cidadão é um repórter, porque todo cidadão é responsável. No Brasil, este fenômeno começa a aparecer ainda que timidamente em alguns sites como o Eu Repórter, do Globo, Foto Repórter , da Agência Estado, Minha Notícia, do IG, entre outros.
Profissionais que cultivam antigos paradigmas classificam a frase como calvinista e põem em pauta diversos questionamentos detratores do modelo: como ter certeza de que as informações veiculadas por “jornalistas” não-graduados são dignas de confiabilidade? Como checar a veracidade de reportagens produzidas nos mais diversos lugares do planeta? Sites como o Slashdot.
Em estudo feito pela Universidade da Beira Interior, a pofessora de Jornalismo Digital, Catarina Moura, explica que o fenômeno Slashdot fica entre a webzine e o fórum, representando o que muitos consideram o início da era do jornalismo Open Source.
Já a especialista Ana Maria Brambilla, jornalista e mestre em comunicação, que defendeu o mestrado sobre o “OhMyNews”, ao mesmo tempo em que admite que a tentativa Open Source é polêmica por dar o nome de Jornalismo a uma prática aberta a qualquer pessoa, provocando, assim, alergias aos defensores mais fervorosos da legitimidade do profissional de imprensa, tranqüiliza esses profissionais. Ela garante que jornalismo open source não surge com a intenção de desregulamentar nenhuma profissão. Ao contrário: a meta é fortalecer as bases dialógicas de uma imprensa cuja função essencial é aperfeiçoar o potencial crítico do público.
Entretanto, para ela, “confiar que todos os internautas agem de modo coerente e benéfico em sistemas onde o anonimato é permitido, porém, seria ingenuidade. O perigo de mau uso da ferramenta aberta para destruir conteúdos úteis existe, mas este é um risco necessário se o jornalismo ambiciona um caráter dialógico”.
Estas questões foram debatidas também em 8 de maio de 2007, no final da palestra da professora Suzana Barbosa durante o Ciber.Comunica, na FJA. Ela também concorda com Ana Maria. Na discussão, Suzana deixou claro que o jornalista não tem seu papel ameaçado ou apagado neste processo. O que ocorre é que o jornalista passa a dividir, compartilhar o poder com os demais usuários/leitores.
No último dia 22 de abril, o Observatório da Imprensa publicou entrevista com Rafael Evangelista, integrante do conselho editorial da revista "Livre". Ele apresentou apresentou, no último dia do Fórum Internacional Software Livre (FISL), a proposta do Jornalismo Open Source. Independentemente dos questionamentos, esse modelo da prática jornalística tem dado certo e se concretizado. E promete ainda dar muito “pano para manga”.
É isso mesmo! Um jornal feito por e com a livre colaboração! Um exemplo de jornalismo Open Source é o "OhmyNews", que nasceu na Coréia do Sul, e a experiência já conta com 5 anos. A idéia básica é: todo cidadão é um repórter, porque todo cidadão é responsável. No Brasil, este fenômeno começa a aparecer ainda que timidamente em alguns sites como o Eu Repórter, do Globo, Foto Repórter , da Agência Estado, Minha Notícia, do IG, entre outros.
Profissionais que cultivam antigos paradigmas classificam a frase como calvinista e põem em pauta diversos questionamentos detratores do modelo: como ter certeza de que as informações veiculadas por “jornalistas” não-graduados são dignas de confiabilidade? Como checar a veracidade de reportagens produzidas nos mais diversos lugares do planeta? Sites como o Slashdot.
Em estudo feito pela Universidade da Beira Interior, a pofessora de Jornalismo Digital, Catarina Moura, explica que o fenômeno Slashdot fica entre a webzine e o fórum, representando o que muitos consideram o início da era do jornalismo Open Source.
Já a especialista Ana Maria Brambilla, jornalista e mestre em comunicação, que defendeu o mestrado sobre o “OhMyNews”, ao mesmo tempo em que admite que a tentativa Open Source é polêmica por dar o nome de Jornalismo a uma prática aberta a qualquer pessoa, provocando, assim, alergias aos defensores mais fervorosos da legitimidade do profissional de imprensa, tranqüiliza esses profissionais. Ela garante que jornalismo open source não surge com a intenção de desregulamentar nenhuma profissão. Ao contrário: a meta é fortalecer as bases dialógicas de uma imprensa cuja função essencial é aperfeiçoar o potencial crítico do público.
Entretanto, para ela, “confiar que todos os internautas agem de modo coerente e benéfico em sistemas onde o anonimato é permitido, porém, seria ingenuidade. O perigo de mau uso da ferramenta aberta para destruir conteúdos úteis existe, mas este é um risco necessário se o jornalismo ambiciona um caráter dialógico”.
Estas questões foram debatidas também em 8 de maio de 2007, no final da palestra da professora Suzana Barbosa durante o Ciber.Comunica, na FJA. Ela também concorda com Ana Maria. Na discussão, Suzana deixou claro que o jornalista não tem seu papel ameaçado ou apagado neste processo. O que ocorre é que o jornalista passa a dividir, compartilhar o poder com os demais usuários/leitores.
No último dia 22 de abril, o Observatório da Imprensa publicou entrevista com Rafael Evangelista, integrante do conselho editorial da revista "Livre". Ele apresentou apresentou, no último dia do Fórum Internacional Software Livre (FISL), a proposta do Jornalismo Open Source. Independentemente dos questionamentos, esse modelo da prática jornalística tem dado certo e se concretizado. E promete ainda dar muito “pano para manga”.
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