quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mercado do jornalismo de games é promissor

O jornalista especializado em games pode trabalhar em casa








Em sua essência, os “games” nunca foram apenas brincadeira de criança, mas sempre foram vistos apenas como tal. Os games sempre foram coisa séria, pois se destinam ao entretenimento em geral e não apenas à distração infantil. Entretenimento, aliás, é coisa muito mais séria do que se possa imaginar, uma vez que contribui para o equilíbrio da psique humana, que geralmente está sobrecarregada com assuntos cotidianos. É preciso falar sobre os games, é preciso informar sobre os games.

Partindo da necessidade de informar sobre os games, surgiu o chamado “Jornalismo de Games”. A referida vertente jornalística foi reconhecida oficialmente (por assim dizer) em abril do ano passado, quando, pela primeira vez, foi publicado na grande mídia (no Jornal Americano “The New York Times”) uma matéria sobre o chamado “novo jornalismo do games”, o qual, assim como cada uma das diversas áreas do jornalismo, tem uma linguagem característica, sendo que, nesse insurgente ramo, os profissionais usam uma linguagem coloquial e buscam falar de uma forma que denote proximidade com os leitores.

Para trabalhar com jornalismo de games não basta, no entanto, se por a escrever textos superficiais sobre games usando linguagem coloquial. Nesse ramo, o “gostar do assunto que se escreve” tem importância singular, pois do contrário os games sempre serão vistos como algo com pouca importância social. É preciso gostar, pois, do contrário, o profissional estará sendo contraproducente para com o tema, uma vez que contribuirá para que continue sendo visto com algo sem qualquer importância.

Como novo ramo do jornalismo que é, seria até desnecessário dizer que existem poucos profissionais especializados, sendo que, segundo Théo Azevedo, editor do site “UOL Jogos”, existe uma grande dificuldade de jornalistas formados há muito tempo se adaptarem ao estilo de escrita dos jogos. De acordo com Azevedo, esse tipo de jornalismo é feito por pessoas entre 18 e 38 anos, e muitos ainda nem são formados, mas entendem do assunto.

O jornalismo de games é uma área promissora para os profissionais da comunicação, e isto se afirma não só pelo fato de serem poucos os especialistas no tema como também pelo fato de que a indústria dos games, hoje, movimenta mais dinheiro que a indústria de filmes, que, por sua vez, é uma das mais rentáveis do mundo. Mas, para escrever sobre games é preciso superar o preconceito, pois a sociedade ainda não consegue atribuir ao assunto a devida seriedade, mas, para aqueles que têm afinidade com o tema, esse obstáculo será motivador e não impeditivo.

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