Redação integrada: efeito da web
Em meio a expansão tecnológica e à constante atualização dos acontecimentos que ganham dimensões internacionais, os meios de comunicação, sempre preocupados com a velocidade em que a notícia chegará à sociedade e, principalmente com a concorrência, têm implantado nas redações jornalísticas, a redação integrada. Um ambiente em que rádio, TV e internet dividem um mesmo espaço para produção, apuração e veiculação de conteúdos jornalísticos.
À exemplo, a BBC News criou em 2006, uma redação onde jornalistas de rádio, internet e da BBC World News (TV) dividem o espaço e trabalham operações de notícias online em duas sessões. A primeira, trazendo notícias internacionais, junto com a equipe de TV e a segunda, produzindo boletins para rádio e TV. No mesmo ano, o diário britânico Daily Telegraph lançou sua redação multimídia.
Já no Brasil, ainda tímido neste segmento, O Estado de S. Paulo anunciou seu novo portal, também em 2006, e a reformulação da redação onde cada editoria contava com dois editores, um para o jornal e outro para o site, lançando o pojeto chamado "inédito no Brasil". Entretanto, o termo "pioneirismo" pode ser aplicado ao Grupo A Tarde, que começou o processo de integração em setembro de 2003 e, principalmente ao jornal A Gazeta Esportiva, que experimentou as virtudes e os problemas de uma integração entre outubro de 2000 e novembro de 2001.
Profissionais de mercado – jornalistas diretores de redação - acreditam que o surgimento ou a necessidade de criar as redações integradas vieram com o inevitável domínio da internet e à extinção dos jornais impressos. Segundo a "Newsroom Barometer", pesquisa realizada pela internet com diretores de jornais, organizada pelas empresas World Editors Forum, Zogby International e Reuters com a ajuda de entidades de jornalistas e editores como a Associação Interamericana de Imprensa e a Associação Nacional de Jornais (ANJ), 44% dos profissionais entrevistados estimam que a internet será a plataforma de referência para as notícias no futuro.
Embora essa discussão sobre a inexistência dos jornais ainda permeie o universo da comunicação, a expansão do mercado de jornais, de 2000 à 2005, foi de 24.93% e no último ano, o Brasil perdeu somente para os países cuja economia ainda está em desenvolvimento, como a Malásia, o Quênia e a Líbia.
Embora essa discussão sobre a inexistência dos jornais ainda permeie o universo da comunicação, a expansão do mercado de jornais, de 2000 à 2005, foi de 24.93% e no último ano, o Brasil perdeu somente para os países cuja economia ainda está em desenvolvimento, como a Malásia, o Quênia e a Líbia.
Ao passo que as redações integradas são consideradas o futuro do jornalismo, elas também são a única maneira de salvar o jornal impresso, uma vez que nos novos modelos de ambientes jornalísticos, a polivalência dos profissionais será, cada vez mais, imprescindível e fator decisivo na introdução do profissional no mercado de trabalho.
Não é dado mais ao jornalista escolher uma área e ser bom apenas no segmento escolhido, é preciso acompanhar além das novas técnicas do fazer jornalístico, a necessidade do mercado e das pessoas em querer não apenas ver o mundo, mas se sentir como parte integrante dele recebendo informação por todos os lados.
Um comentário:
::Boa, Fernanda!Realmente esta questão da Redação Integrada tenderia a dar o que falar, mas o que parece estar ocorrendo é a decisão de cima para baixo na hierarquia.
Por outro lado, como vc frisa, os profissionais terão de se adaptar cada vez mais rápido.
@_@"
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