quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dispositivos portáteis agilizam a produção da notícia


Cada vez mais jornalistas utilizam celulares modernos

O jornalismo contemporâneo cada vez mais se alimenta de plataformas móveis, tanto para a produção quanto para a difusão de conteúdo digital. Essa tendência está sendo chamada de jornalismo móvel e se caracteriza pelo uso de dispositivos portáteis digitais como celulares, smartphones, PDAs, prendrive, notebooks, câmeras, gravadores digitais e a utilização de conexões sem fio como Wi-Fi, WiMAX, Bluetooth, GRRS, GPS, Wireless entre outros.
Com a introdução desses novos objetos portáteis no mercado, as redações dos grandes veículos de comunicação têm inovado na maneira de fazer jornalismo, tudo porque com a utilização desses recursos de mobilidade, o repórter independe do momento e do lugar que esteja é capaz de colher dados, capturar imagens, som, e transmitir em tempo real o fato abordado.
O Jornalista e pesquisador Fernando Firmino da Silva, em seu artigo de debate desenvolvido para a Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBP – Jor), ressaltou que este tipo de jornalismo veio para ficar, uma vez que esses equipamentos sem fios facilitam o trabalho dos jornalistas, quando precisam obter informações rápidas, pontuais e publicá-las sem a necessidade do deslocamento até uma redação física.
Um dos aparelhos que atualmente mais têm colaborado com este tipo de trabalho é o celular. O repórter que possui um aparelho com tela de alta resolução, som polifônico, straming e capacidade de dowlond de áudio e vídeo, envio e recepção de imagens, além de uma boa memória interna, é capaz de fornecer informação instantânea do próprio telefone e no máximo em 15 minutos a matéria já está pronta para ir ao ar.
Apesar da facilidade, alguns profissionais da área alertam sobre as desvantagens desses dispositivos. Cremilda Medina, jornalista, pesquisadora e professora titular da Comunicação e Arte da USP, em entrevista para Podcas Tecnodesing afirmou que “esta nova onda de jornalismo móvel, diminui a qualidade do trabalho jornalístico. Nós ainda não temos uma tecnologia tão inteligente que passe o tato, o olfato e o paladar das situações que nós vamos descrever”.
No entanto o especialista em Jornalismo Multimídia e professor da Universidade Anhembi Morumbi, André de Abreu, em pesquisa realizada defendeu que o avanço da tecnologia é muito rápido e em pouco tempo com certeza os questionamentos gerados serão resolvidos, principalmente com a tecnologia 3G (terceira geração).

No Brasil há muitos telejornais que já adotaram o chamado jornalismo móvel. Exemplos disso, podem ser notados com a TV Alterosa - afiliada do SBT em Minas Gerais, que criou o quadro Repórter Celular, o RJ Móvel – Telejornal do Rio de Janeiro transmitido pela Rede Globo entre outros. Um Telejornal que vale a pena ser mencionado é o The Shelby Star na cidade de Cleveland (EUA), o programa é transmitido de uma carro repórter, que possui lap top Dell Lartitute D8 20, gravador de áudio M-Audio Miro Track, Servidor Emerge Corel IT – 100 e Wirelesse. Parece mesmo que a nova onda do jornalismo móvel veio para ficar, e conforme o pesquisador Fernando Firmino da Silva disse, "é bom que todos os jornalistas se adaptem as mudanças do mercado".

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

:: Nahama, é sempre bom ter um olhar nas instensas mudanças tecnológicas e o jornalismo parece estar no olho do furação. Recentemente o Fernando Hessel, da Band, esteve na UMC e mostrou a experiência do jornalismo com celular: impressionante como tudo está a um palmo de nosso nariz. O duro é que este modo invasivo, certamente rende algumas possíveis agressões.
@_@"
►◄