segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pelo uso consciente e responsável das tags


Não há quem discorde que praticidade é essencial para a vida moderna. Nada melhor do que saber o que se quer e se ter ferramentas eficientes para se chegar ao objetivo.

Com a navegação na web as coisas não são diferentes. Devido à necessidade de aglutinar informações de forma mais organizada surgiram as tags. Seu uso pelos internautas nem sempre é consciente, e por esta razão, um esclarecimento vem em boa hora.

Afinal, o que são tags?

Também chamadas de palavras-chave, etiquetas, marcadores ou rótulos, as tags são palavras que conseguem reunir vários conteúdos distintos que estejam interligados pelo mesmo tema, ou, pela mesma palavra-chave, num determinado local da rede.


Presença indispensável em qualquer ambiente de web 2.0, as tags podem ser criadas e utilizadas como meio de consulta por qualquer usuário da Internet. Além disso, elas possuem várias funções.

Quem possui e-mail do Google, já deve ter percebido que as mensagens não são arquivadas numa pasta. Elas são reunidas num mesmo espaço por pertencerem à mesma tag.

O site Blogspot.com, que cede espaço gratuito para blogueiros, sugere o uso de tags para que o usuário consiga organizar seus posts de acordo com assuntos tratados.

Já nos sites em geral, a utilização da tag visa uma busca um pouco mais sofisticada, e também muito útil para o internauta. As tags farão com que o conteúdo seja buscado em todos os canais do site, e permitirão também que, no caso dos portais, as pesquisas alcancem os sites ligados ao/parceiros do principal. As nuvens de tags (tag cloud) são formadas assim. De acordo com a incidência de busca de uma palavra é possível deixá-la em destaque, notificando que houve muita procura por ela.

A essa utilização das palavras dá-se o nome de folksonomia. Com origem em taxonomia, cujo princípio é de classificação das coisas, a palavra folksonomia (folk = pessoa) denota a ação do ser humano, que tem a possibilidade de indexar informações.

Mas é importante salientar as diferenças de princípios das duas palavras. Enquanto a taxonomia cria grupos, categorias, que devem ser seguidas para a classificação geral, a folksonomia deixa que a classificação dos assuntos ocorra conforme a decisão individual, o que, às vezes, pode gerar problemas.

O caso da empresa Pistelli é um bom exemplo. No final de maio deste ano, foi concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP ) uma liminar que obrigava a concorrente da Pistelli Engenharia a retirar da internet uma publicidade que fazia uso de uma tag com o nome dela para vender produtos e serviços.

Ou seja, ao buscar “Pistelli”, os produtos da concorrência apareciam na tela. Com a alegação de concorrência desleal, a empresa conseguiu provar que a tag gerava benefícios financeiros à concorrência, e pediu uma indenização de pelo menos, 100 salários mínimos.

Assim, apesar de não haver regras impostas para a folksonomia, o bom senso, e é claro, a honestidade e a responsabilidade, devem prevalecer.

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

::Dib, vc parece ter sido a única curiosa a ponto de buscar algo sobre a Folksonomia.
Você foi bastante didática e até ofereceu a ponta do iceberg no que diz respeito à polemização que pode haver em torno disso.
Apreciaria saber mais sobre este fenômeno. Fica a sugestão de outras postagens!
@_@"
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