segunda-feira, 24 de março de 2008

Fim do Jornalismo Impresso?


A crise da mídia impressa é um assunto que está em pauta na maior parte das discussões que envolve o jornalismo moderno. Existem os mais catastróficos, que vêem um fim próximo para os jornais impressos e existem também aqueles que acreditam que há uma saída para o jornalismo que há tanto tempo tem lugar entre os meios de comunicação em todo o mundo.
Para o ex-diretor executivo do News and Observer, Frank M. Daniels III, os jornais impressos irão desaparecer nos próximos 15 anos, devidos as grandes vantagens das publicações eletrônicas na Web. Segundo ele, os jornais digitais são mais interativos que os correspondentes impressos, o custo de produção e distribuição são menores, os artigos e reportagens podem ser complementados com informações adicionais e as notícias também podem ser atualizadas varias vezes ao longo do dia.
Já para a jornalista e apresentadora do programa “Imprensa na Tv” exibido pela All TV, Sabrina Righetti, não há possibilidades do desaparecimento do jornal em papel. A apresentadora afirma que o jornalismo impresso precisa apenas se redefinir, ou seja, encontrar um papel mais investigativo e, talvez, até mais literário, assim como o jornal The New York Times. Isso porque, a internet passou a cumprir o papel do furo jornalístico, através dos blogs com informações cada vez mais ágeis e imediatas.
Recentemente a estudiosa Domica Mesing, realizou uma pesquisa, na qual perguntou a diversos jornalistas se realmente as publicações eletrônicas se sobressaem aos meios impressos. Apenas um terço respondeu que o serviço online aumentou o interesse dos leitos por seu produto em papel. Já 46% acredita que não houve impacto sobre as versões impressas, enquanto 14 % considera cedo demais para responder e, apenas 2 % disseram que o serviço causou essa queda de interesse pelo jornal impresso.Ao que tudo indica, os jornais imprssos não vão desaparecer, já que pode se viver sem nenhum problema com as suas versões digitais, através de uma relação de parceria onde um pode auxiliar o outro.

2 comentários:

david santos disse...

Penso que não chegará tão longe. Mas se alguns não voltassem aparecer não faziam falta nenhuma.
Parabéns.

webjorsuperacao disse...

De fato, questão de tempo, mas se me permitem, gostaria de avançar no seguinte:
1. O jornalismo literário fez experiência com os folhetins, depois para as grandes reportagens e depois para o livro reportagem :: ver Páginas Ampliadas de Edvaldo Pereira Lima.
2. Penso que no capitalismo o vigor ainda é dito pela associação público>satisfação>aquisição>lucro. Diante disso, por certo vai ficar alguma "coisa" de impresso.
3. Vejo no Dicionário do futuro de Popcorn e Hanft, um termo: Reuvista (com u mesmo)e diz: "revistas que combinarão editoriais genéricos com conteúdo customizado, para distribuição na internet"... E mais à frente: "As revistas personalizadas serão possíveis graças a impressoras coloridas de alta velocidade ...
Valeria a pena pensar que tudo muda e o jornalismo precisa aprender a mudar.