segunda-feira, 12 de maio de 2008

Jornalismo online: não muito diferente


Embora tenha provocado profundas mudanças no jornalismo, a internet não alterou a atividade da forma esperada, revela um estudo do Project for Excellence in Journalism, realizado nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, acreditava-se que a web consolidaria a democratização da notícia, mas o que se vê hoje no jornalismo online é a repetição de informações em diferentes sites noticiosos. Isto não é difícil de ser comprovado: basta comparar as páginas do Terra, Uol e Folha Online, por exemplo.

Ainda de acordo com a pesquisa, a crescente habilidade do leitor em encontrar o que busca sem ser distraído por propagandas tem obrigado a mídia a agir com cautela em algumas ocasiões. O diretor do projeto, Tom Rosenstiel, afirmou ao portal Imprensa que, "apesar da audiência das notícias tradicionais se manter sozinha, as redações tendem a encolher". Como exemplo, ele destacou o fato da NBC ter nomeado David Gregory como âncora de um noticiário noturno, mas mantê-lo como correspondente na Casa Branca.

O estudo mostra que a guerra do Iraque e a eleição presidencial americana de 2008 representam mais de um quarto de tudo que foi veiculado nos jornais, televisão e internet em 2007, nos Estados Unidos. A pesquisa estima também que, desconsiderando Iraque, Irã e Paquistão, notícias relativas à todos os outros países somam apenas 6% do conteúdo da mídia americana.

De acordo com Rosenstiel, há alguns anos acreditava-se que os sites de notícias seriam considerados apenas reproduções dos jornais diários. "Na verdade, o jornal impresso pela manhã renasce no jornalismo online", acrescenta. Outra pesquisa do projeto concluiu que a maior parte jornalistas estão aderindo às mudanças no webjornalismo. Muitos profissionais da imprensa afirmaram ter blogs e apreciar os comentários dos leitores em seus sites.

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