segunda-feira, 12 de maio de 2008

Internet, capitalismo e resistência


O capitalismo é fundado sob a bandeira do individualismo, da "livre concorrência" (desmentida de maneira contundente pelos cartéis corporativos).Um de seus gurus atuais mais influentes, morreu defendendo isso.Segundo Milton Friedman, crítico do neoliberalismo(que favorece as grandes empresas em relação as pequenas), o capitalismo tem de ser verdadeiramente competitivo, "a organização econômica desempenha um papel duplo na promoção de uma sociedade livre [...] a liberdade econômica é também um instrumento indispensável para a obtenção da liberdade política" .Essas contradições não deixam de chegar à internet.Algo "inovador" está acontecendo na rede.As idéias colaboracionistas dão margem à um novo tipo de relação entre as pessoas e as informações.Isso soa estranho num mundo capitalista: as pessoas deveriam estar competindo entre si por informações e não colaborando pela construção delas; essa é uma premissa capitalista.
Mas, perseverança! As empresas não iriam assistir isso pacificamente.O capitalismo é fluido, está em "qualquer buraco", não desperdiça nada.Não é à toa que, o "Google", que tem várias ferramentas de colaboração, é uma das empresas mais bem sucedidas na rede , só no segundo trimestre de 2005, triplicou o lucro.
Apesar da cooptação das colaborações pelas empresas, várias pessoas do mundo todo usam a internet para criticar o capitalismo. No campo jornalístico existe o site do centro de mídia independente, que tem o mesmo formato e política editorial, espalhado por todos os continentes em mais de 160 cidades. Existe um campo de batalha na rede.De um lado pessoas usando a internet para destruir o capitalismo, de outro as empresas tentando aumentar o lucro.
Resta saber de que lado estamos, pois a colaboração também faz parte da nossa prática.Caso se opte pela segunda, que a nossa crítica transcenda a de Milton Friedman, que, apesar de criticar o neoliberalismo, defende o capitalismo

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