Thanks!:: Ministro Gilmar Mendes, relator do fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo
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Até que ponto o fim da obrigatoriedade do diploma vai ajudar a sociedade e o cidadão!? Esta é uma pergunta que não vai se calar enquanto não ocorrer a devida associação da justificativa do fim da obrigatoriedade do diploma do jornalista, em nome da liberdade de expressão, portanto da possibilidade do cidadão também ser jornalista.
Na realidade, essa medida, assim como o fim da lei de imprensa —para quem conhece a importância dos jornalistas— só foram historicamente prorrogadas, assim como as conquistas dessa categoria foram boicotadas por vários governos, desde Getúlio, passando pelo regime militar e mesmo na dita democracia contemporânea. É que em nome da justiça forjam-se vários pareceres, mediante a interpretação e o contexto no qual os doutores da lei buscam embasamento.
Mas a vida não pára! O cenário que se deve vislumbrar agora é a possibilidade do cidadão tornar-se jornalista tal como foi alegado. A grande imprensa, na figura do empresariado, não só conseguiu aquilo que mais almejava: poder contratar o profissional que desejar, para fazer a atividade jornalística. Mas além disso também criou, por direito, a possibilidade de inserir em seu manual ou contrato de admissão a figura do jornalista-cidadão, atividade que por sinal parecia atrapalhar o sono e os sonhos destes administradores, quando apenas considerada uma prática open source desconectada do processo de elaboração de notícias. Notadamente, o termo open source não pode ser confundido com outras possibilidades sociais de lidar com a informação.
Ao que tudo indica, daqui a alguns dias, semanas ou meses, todos os brasileiros poderão ver nas páginas dos jornais, nas emissoras de rádio e televisão, sobretudo nos sites e portais de web um provável convite para que "todos, indistintamente", preencham um formulário (papel ou digital) para poderem enviar matérias, entrevistas, resenhas, comentários, análises, artigos, entre outros gêneros deste ofício. Um detalhe: caso os empresários não saibam, talvez valesse a pena "estudar" a contribuição de Ana Maria Brambila, que em sua dissertação experimentou o protocolo de colaborador do pioneiro deste jornalismo colaborativo, no caso o Ohmynews, que pode ser acessado aqui.
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